
Desemprego vai a 11,8% e país tem 12 milhões de desocupados
27 de outubro de 2016
Governo pode pedir ressarcimento de casos de desaposentação em vigor, diz ministra
27 de outubro de 2016O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 5,3 pontos porcentuais de agosto para setembro, informou o Banco Central. Com a alta, a taxa passou de 475% ao ano em agosto para 480,3% ao ano em setembro e bateu novo recorde desde que o BC começou a coletar os dados, em 2011.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, superando até mesmo a do cheque especial. Em junho e julho, a taxa havia mostrado leves recuos, após marcar 471,5% em maio.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro subiu 2,5 pontos de agosto para setembro, passando de 152,2% ao ano para 154,7% ao ano.
A taxa do cheque especial avançou de 321,1% ao ano para 324,9% ao ano. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo continua como o maior da série iniciada em julho de 1994.
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 52,9% ao ano em agosto para 53,4% ao ano em setembro. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 71,8% para 73,3% ao ano, de agosto para setembro, enquanto para pessoa jurídica, foi de 30,6% para 29,8% ao ano no mesmo período.
Para o crédito pessoal, passou de 53,3% para 53,8% ao ano. Para veículos, os juros passaram de 26,2% ao ano para 26,1% ao ano, de agosto para setembro. Em agosto de 2015, a taxa estava em 25,6%. Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 0,5 ponto porcentual e, no ano, elevação de 0,1 ponto porcentual.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), subiu de 32,9% ao ano em agosto para 33,0% ao ano em setembro. Em setembro de 2015, estava em 29,3%.
O estoque de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,2% em setembro ante agosto, atingindo R$ 3,109 trilhões. Em setembro de 2015, o estoque de operações de financiamento estava em R$ 3,164 trilhões. Em 12 meses, houve baixa de 1,7% e, no acumulado deste ano, queda de 3,4%.
Houve redução de 0,4% para pessoas jurídicas e alta de 0,1% para o consumidor em setembro em relação a agosto. Em 12 meses, a contração é de 6,5% para as empresas e alta de 3,6% para a pessoa física. No acumulado do ano, há baixa de 8,1% para as companhias e alta de 1,9% para as famílias.
De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre caiu 0,2% no mês e cedeu 5,5% no acumulado do ano até setembro. Em 12 meses, recuou 3,9%. Já no caso do direcionado, também recuou 0,2% em setembro ante agosto, avançou 0,6% em 12 meses e teve baixa de 1,2% em 2016 até o mês passado.
No crédito livre, houve queda no saldo de 0,3% para pessoas físicas no mês, baixa de 0,6% no ano e alta de 0,4% no acumulado de 12 meses. Para as empresas, no crédito livre, houve redução de 0,1% em setembro, queda de 10,3% no ano e baixa de 8,2% em 12 meses.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 51,1% em agosto para 50,8% no mês passado. Em setembro de 2015, estava em 54,0%.
Fonte – Estadão