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3 de julho de 2025A maior rejeição ao fim da escala 6×1 ocorre entre os parlamentares que se colocam como oposição ao governo: 92%
70% dos deputados federais são contra o fim da escala 6×1. É o que aponta uma pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira (2). O levantamento questionou como os deputados avaliam pautas em debate no Congresso e a proposta está entre os temas mais rejeitados.
O projeto que acaba com a escala de trabalho de seis dias trabalhados para uma folga na semana foi apresentado em fevereiro pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP). A proposta pretende reduzir a jornada máxima de trabalho para 36 horas semanais, em 4 dias por semana.
A maior rejeição ao fim da escala 6×1 ocorre entre os parlamentares que se colocam como oposição ao governo: 92%. Já 74% deputados que se consideram independentes rejeitam a ideia, enquanto o número é de 55% entre os governistas. Entre os deputados que aprovam a medida, 44% dos governistas dão apoio ao término da 6×1, número que cai para 23% entre os deputados independentes e para 6% na oposição.
O levantamento foi realizado entre os dias 7 de maio e 30 de junho de 2025. Foram ouvidos 203 deputados, o equivalente a 40% da composição da Câmara. A amostra foi feita por região geográfica e pela orientação ideológica dos partidos.
A pesquisa aponta, ainda, que metade dos deputados federais são contrários à proposta que restringe com os supersalários dos funcionários públicos: 53% são contra a proposta, 32% se posicionam à favor e 15%, não souberam ou não responderam. O limite deveria ser de R$ 46.366, mas na prática, os vencimentos superam os 5 dígitos.
Os temas com maior quantidade de parlamentares a favor são:
- Elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR): 88%;
- Exploração do petróleo da Amazônia: 83%;
- Aumento das penas para roubos: 76%
As pautas com maior rejeição:
- Exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos: 70%;
- Fim da escala 6×1: 70%;
- PL que acaba com os supersalários: 53%.
Avaliação do governo entre os deputados, segundo a Quaest
O levantamento indica que 46% dos deputados federais avaliam de forma negativa o governo Lula (PT), a pior avaliação do governo federal desde o início do mandato, em 2023. Outros 27% avaliam a gestão de forma positiva, o número mais baixo da atual gestão. A margem de erro é de 4,5 pontos para mais ou menos.
Para 24% dos deputados, o desempenho do governo Lula 3 é “regular”, enquanto 3% não souberam ou não responderam. A avaliação negativa do governo Lula aumentou 13 pontos percentuais entre agosto de 2023, que era de 33% no primeiro levantamento realizado com os deputados federais depois da posse, e a pesquisa divulgada nesta quarta.
Já a avaliação positiva da gestão petista oscilou 8 pontos percentuais para baixo no mesmo período. Era de 35% em 2023, foi para 32% em 2024 e agora está em 27%. A avaliação regular era de 30% há dois anos, foi para 26% no ano passado e agora está em 24%.