Itaú é a marca com maior valor do País pelo nono ano consecutivo, segundo levantamento (Por Isabela Mendes (Broadcast))

Setor financeiro representa 37% das marcas mais valiosas do País, com cinco bancos encabeçando lista elaborada pela consultoria Brand Finance.

Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco são as marcas mais valiosas do Brasil em 2025. Os dados são do ranking das Marcas Mais Valiosas e Mais Fortes do Brasil 2025, elaborado pela consultoria Brand Finance e com lançamento em evento na EAESP-FGV nesta quarta-feira, 11.

O banco presidido por Milton Maluhy Filho permanece como a marca com maior valor do País pelo nono ano consecutivo, estimado em US$ 8,597 bilhões. Sua liderança contínua é sustentada por um forte desempenho financeiro, transformação digital e reputação crescente em sustentabilidade.

Banco do Brasil e Bradesco surgem em seguida com cifras de US$ 5,212 e US$ 4,705 bilhões, respectivamente. Logo atrás vem o Nubank, avaliado em US$ 3,990 bilhões, e Caixa Econômica, valendo US$ 3,674 bilhões. Segundo a consultoria, o setor financeiro representa 37% das marcas mais valiosas, com os cinco bancos encabeçando o ranking.

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A cada ano, a Brand Finance avalia mais de 5 mil das maiores e mais fortes marcas do mundo, usando uma abordagem que combina análise financeira com insights de percepção de consumidores.

O processo de avaliação segue o método de Royalty Relief, estabelecido pela ISO 10668. Esse método estima o valor que uma empresa pagaria para licenciar sua própria marca, caso não a possuísse.

São cinco etapas: cálculo da força da marca, que avalia atributos como conexão emocional, desempenho financeiro e sustentabilidade; determinação e aplicação da taxa de royalties, definida com base em acordos de licenciamento comparáveis; estimativa de receitas específicas da marca, utilizando dados históricos, previsões de analistas financeiros e taxas de crescimento econômico; e desconto dos fluxos de caixa futuros, representando o valor atual do ativo intangível da marca.

Além disso, a Brand Finance integra pesquisas de percepção de consumidores por meio do Global Brand Equity Monitor.

Conforme Eduardo Chaves, sócio-diretor da Brand Finance no Brasil, o ambiente de negócios global segue em constante transformação, impulsionado por forças econômicas, inovações tecnológicas e mudanças culturais.

“Nesse contexto, tanto no Brasil quanto internacionalmente, as marcas se consolidam como ativos estratégicos de altíssimo valor, fundamentais para a diferenciação competitiva, a construção de vínculos duradouros com os consumidores e a sustentação de vantagem no mercado”, pondera.

Demais posições
Interrompendo a liderança das instituições bancárias, Petrobras aparece em sexto lugar, com valor de mercado aproximado de US$ 3,577 bilhões. Não muito distante, outra importante blue chip do Índice Bovespa ocupa a oitava posição: Vale surge avaliada em US$ 2,451 bilhões.

Já a Localiza destacou-se como a marca que mais cresceu em valor de mercado no Brasil em 2024, com um aumento de 51% em relação ao ano anterior, diz a Brand Finance. A marca ocupa o sétimo lugar da lista, com valor de US$ 2,569 bilhões. O estudo aponta que o processo de rebranding iniciado em 2022 e a transformação digital, incluindo o lançamento do aplicativo Meoo e o sistema de aluguel sem contato humano, ampliaram sua visibilidade e percepção positiva no mercado.

A pesquisa indica ainda que as 100 marcas mais valiosas do Brasil somam US$ 79,4 bilhões em 2025, uma alta de 2,7% ante 2024, impulsionada por inovação digital, infraestrutura e novos hábitos de consumo.

Marca que mais cresce no País
Segundo o levantamento, o Nubank é a marca que mais cresce no Brasil, com o valor de marca aumentando 195% e alcançando quase US$ 4 bilhões. A fintech subiu dez posições no ranking e chegou ao quarto lugar, integrando o top 10 pela primeira vez.

A Brand Finance mostra que o crescimento do Nubank é respaldado por um desempenho financeiro forte, expansão de mercado e foco claro na inovação centrada no cliente.

Em 2024, o Nubank quase dobrou seu lucro líquido e aumentou a receita em mais de 50% ano a ano. Além disso, sua base de clientes ultrapassou 114 milhões no mundo, incluindo 100 milhões no Brasil, cobrindo mais da metade da população adulta.

Fonte: Estadão