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5 de janeiro de 2021A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é clara: para evitar a covid-19, use máscaras, higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel, evite aglomerações e mantenha uma distância de 1,5m a 2m das outras pessoas. Mas para quem precisa usar os serviços bancários em Lafaiete, os dois últimos conselhos estão sendo desobedecidos sistematicamente. Isso porque os cuidados tomados no início da pandemia caíram no esquecimento e especialmente no momento em que a cidade experimenta um período crítico de contaminações, as intermináveis filas se tornaram um ponto crítico para a disseminação do coronavírus.
Essa situação tem preocupado, especialmente, pessoas que são mais suscetíveis a forma mais grave da doença. Aposentada e integrante de um grupo de risco, uma leitora do Jornal CORREIO enviou seu relato, pedindo sigilo quanto ao seu nome: “Com a pandemia explodindo , a fila de atendimento preferencial da Caixa agora [8h da quarta-feira, dia 2] está imensa. Estou no final, para fazer prova de vida, que o INSS obriga. Precisamos dar mais visibilidade à situação e fazer com que a Caixa administre melhor essa situação”, informou uma leitora.
A leitora se mostrou preocupada pela obrigatoriedade da exposição: “O aumento e o descontrole na infecção de covid-19 em estão sendo percebidos nos números divulgados e pelo olhar à nossa volta, bem perto de cada um de nós. Hoje não são somente os números que nos mostram a seriedade de nos protegermos, mas os nomes de pessoas queridas já contaminadas. Além de bares, empresas, pessoas irresponsáveis estarem promovendo aglomerações, a situação em agências bancárias está insustentável”, destaca.
Conforme avaliação da leitora, já houve tempo o suficiente para que o problema fosse melhor administrado pelos bancos: “O atendimento preferencial é realizado das 8h às 9h e, para tanto, uma grande fila é formada, sem que o distanciamento seja observado. São idosos, mulheres grávidas, com crianças de colo, pessoas com as mais diversas dificuldades físicas, que ficam expostas. E muitas são obrigadas pelo próprio governo a se expor, como o caso de idosos, que precisam fazer a prova de vida para o INSS. O aplicativo Caixa Tem não funciona. Mensagens como “Procure uma agência bancária” são frequentes. Alguma coisa precisa ser feita, com urgência. Seja melhorar o atendimento online, separar o atendimento emergencial do atendimento rotineiro do banco, reconhecer e melhorar o atendimento preferencial e o atendimento aos clientes, muitos deles de décadas”, opina.
A situação se torna ainda mais revoltante em casos de mau atendimento, como alega um leitor que procurou a agência no dia 15 de outubro: “Eu não me importo de pegar fila, mas não aceito ser maltratado. Os funcionários estão estressados, porque têm muita gente para ser atendida, e estão tratando as pessoas sem o mínimo de educação. Eu me senti tratado como gado. Ainda segundo o denunciante, o problema aconteceu durante uma tentativa de acesso ao caixa rápido: “Fazia muito calor e as pessoas estavam do lado de fora, sem nem uma sombra para se esconderem; sem um abrigo. Eu precisava usar o caixa eletrônico e a fila estava grande. Falei com uma atendente, daquelas que usam colete, que eu só ia no caixa eletrônico. Mas ela disse que eu teria que esperar na fila de todo jeito, porque estava cheio. Como havia mais de 40 pessoas na minha frente, eu não esperei; fui embora”, detalha.
Para o cliente, a Caixa deveria investir mais em treinamento e qualificação: “Acho que esses funcionários de colete são muito despreparados; mal instruídos. Colocam moças e rapazes para essa função, mas não dão o treinamento para eles. Eles não me ofenderam, mas foram mal-educados – se me ofendessem, eu chamaria a Polícia. Também acho que deveria ter uma fiscalização do Ministério Público quanto àquelas filas enormes. Existe uma lei determinando que os clientes podem ficar, no máximo, 20 minutos na fila, mas o atendimento tem demorado horas. Vão dizer que é por causa da pandemia, mas, para mim, isso não é desculpa. Então, que contratem mais funcionários”, finaliza.
Fonte: Correio da Cidade