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Haddad admite alterar de novo IOF e fala em ‘corrigir distorções’ em tributos dos bancos, mas quer reformas estruturais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que será possível “melhorar” a regulação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) com novas alterações, assim como “corrigir outras distorções” relativas a tributos do sistema financeiro.

Em entrevista a jornalistas na portaria do ministério, ele também afirmou nesta segunda-feira (2) que esses dois ajustes em tributos, necessários para fechar as contas do orçamento de 2025, têm de ser tratados em conjunto com reformas estruturais — ou seja, com mudanças permanentes em regras para gastos públicos.

 

“Nós sabemos o que precisa ser feito. Precisamos tomar uma decisão política do que será feito. E, diante do que eu ouvi, acredito que nessa semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF, mas aí combinado com as questões estruturais. Não dá para dissociar mais uma coisa da outra”, disse Fernando Haddad.

 

“Quer alterar o curto prazo? Altera o longo prazo junto, porque aí você faz uma combinação que dá para o investidor, para o cidadão trabalhador, do horizonte das regras do jogo daqui para frente, com previsibilidade, com transparência, e com discussão sobre a justiça”, acrescentou o ministro da Fazenda.

Questionado, Haddad preferiu não antecipar quais medidas serão anunciadas nesse pacote para “calibrar” – ou seja, reduzir o impacto – do aumento nas alíquotas do IOF.

Ele indicou, porém, que a proposta encaminhada no ano passado pelo governo ao Legislativo, que sequer foi votada, de aumentar a CSLL dos bancospara fechar o rombo no orçamento deste ano, não deve ser enviada novamente.

“A CSLL tem um problema que é a noventena [precisa de 90 dias para entrar em vigor]. Já estamos no meio do ano, ela não é o melhor remédio para o problema que estamos enfrentando agora”, disse o ministro.

Haddad afirmou, no entanto, que as “reformas estruturais vão voltar para a mesa” – sem citar quais. E também voltou a defender a redução de benefícios tributários, estimados em R$ 800 bilhões para 2025.

 

“Eu tenho duas alternativas. Uma é, com uma medida regulatória, resolver o problema de forma paliativa para cumprir as metas do ano. A outra, que interessa mais à Fazenda, é voltar para as reformas estruturais. Em 2023, várias foram feitas, nós ganhamos nota com as agências de risco, ganhamos prestígio, os investimentos voltaram”, declarou.

 

Questionado sobre a reforma administrativa, indicada por parlamentares como uma possibilidade neste momento, Haddad avaliou que há pontos que podem, inclusive, aumentar despesas, com as mudanças relativas à segurança pública. E voltou a defender limitação dos supersalários e mudanças nas aposentadorias dos militares – já enviados ao Legislativo.

Fonte: G1

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