Contra trabalho presencial, 1/3 dos executivos planeja pedir demissão

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Contra trabalho presencial, 1/3 dos executivos planeja pedir demissão

Os profissionais encarregados de implementar políticas de retorno ao presencial podem ser os mais propensos a deixar a empresa por conta das mudanças no regime de trabalho, apontam duas novas pesquisas. Isso pode surpreender os CEOs que estavam mais preocupados com a resistência dos trabalhadores menos experientes – e da geração Z – para a volta ao escritório.

A pesquisa, realizada em novembro de 2023, mas divulgada em maio deste ano, afirmou que isso ocorreu apesar de mais da metade dos executivos que foram obrigados a retornar ao escritório dizerem que o motivo dado por seus empregadores foi convincente. “Os líderes seniores – que muitas vezes são os responsáveis por comunicar e representar essas decisões na empresa – não estão imunes às expectativas crescentes de flexibilidade que vemos em todos os funcionários”, afirma a diretora de pesquisa da Gartner, Caroline Ogawa.

Retorno ao presencial nas big techs

O estudo da consultoria foi divulgado dois dias após um artigo acadêmico que mostrou como a implementação de políticas de retorno ao trabalho presencial em três grandes empresas de tecnologia pareceu impactar as demissões de profissionais experientes

O artigo analisou dados de currículos de uma empresa chamada People Data Labs após as exigências de retorno ao escritório na Apple, Microsoft e SpaceX, de Elon Musk, comparando a saída de funcionários seniores nessas empresas com outras companhias semelhantes.

Aqueles que saíram não sofreram para encontrar outros empregos, afirma David Van Dijcke, doutorando pela Universidade de Michigan. “Não encontramos nenhuma evidência de que eles estejam aceitando mudanças de cargo, rebaixamentos ou ficando desempregados”, diz Dijcke, co-autor do artigo com Florian Gunsilius, da Universidade de Michigan, e Austin Wright, professor assistente da Universidade de Chicago. “Isso sugere que esses profissionais seniores têm muitas outras opções.”

O que dizem as empresas

A SpaceX não respondeu imediatamente a um pedido para comentar sobre a pesquisa. O porta-voz da Apple, Josh Rosenstock, indicou uma declaração anterior da empresa que aponta “conclusões imprecisas” sobre a análise e que ela “não reflete a realidade do nosso negócio”, além de dizer que “a rotatividade está em níveis historicamente baixos.” 

A Microsoft também refutou as conclusões do artigo. Amy Coleman, vice-presidente corporativa de recursos humanos da empresa, escreveu em um email que os resultados dos estudos não correspondem aos dados internos da companhia, “especialmente em relação à rotatividade”. “Também é impreciso dizer que temos uma ordem de retorno ao escritório. Temos um formato de trabalho híbrido que gira em torno da flexibilidade e uma combinação de modelos em termos de localização e horário”, escreveu ela.

Diversas reportagens afirmaram que, em abril de 2022, a Microsoft começou a pedir que os trabalhadores trabalhassem presencialmente 50% do tempo, a menos que tivessem permissão de seus gerentes. No entanto, a empresa tem funções que podem ser executadas totalmente de forma remota, e, segundo um porta-voz, o modelo híbrido recebeu feedbacks positivos dos empregados e é um “ponto de partida para a flexibilidade”, e não uma norma rígida.

Fonte: Forbes

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