Logo após o término da reunião entre os representantes dos empregados e a direção da Caixa, na tarde da segunda-feira (6), a Apcef/SP publicou uma consulta sobre a proposta apresentada para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa.

Até às 10 horas desta terça-feira (7), 14.738 empregados haviam respondido à consulta. Do total, 14.703 rejeitaram a proposta de aumento da contribuição e defenderam reajuste zero. Neste momento, o índice de rejeição à proposta da Caixa atingia 99,76%.

:: A consulta segue aberta até as 16 horas desta terça-feira (7), clique aqui e responda à consulta.

“Um completo absurdo. Se é para dar esse percentual de aumento, que deem o mesmo aumento para os nossos salários, pois só assim vamos conseguir manter o plano. Aumento abusivo”, escreveu um empregado. “Com esse reajuste será inviável manter o plano”, afirmou outro.

Proposta da Caixa

Durante a reunião realizada nesta segunda-feira (6) com representantes dos trabalhadores, a direção da Caixa apresentou proposta para renovação do ACT do Saúde Caixa. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) recusou a proposta em mesa.

A direção do banco manteve o teto de 6,5% da folha salarial para os gastos com o plano e propôs aumentar o percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%. O valor pago por dependente também sofreria reajuste, passando de R$ 480 para R$ 672. Com isso, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados teriam reajuste médio de 71%, subindo de até 7% para até 12% da remuneração base. Além disso, o banco não apresentou proposta para sanar o déficit previsto para 2025, que deve superar R$ 500 milhões. A direção do banco também manteve a restrição dos empregados admitidos após 2018 em relação ao custeio do plano na aposentadoria.

“A proposta da direção da Caixa é um desrespeito com quem sustenta o banco todos os dias. Ignoraram completamente as reivindicações dos trabalhadores – reajuste zero, fim do teto de 6,5%, manutenção do plano para os novos empregados e melhorias na rede credenciada. A resposta de mais de 14 mil pessoas em menos de 24 horas mostra que os empregados estão indignados e prontos para lutar. Só com mobilização vamos garantir o reajuste zero e um Saúde Caixa sustentável e solidário”, afirmou Leonardo Quadros.

Fonte: APCEFSP