BB tem lucro de R$ 7,3 bilhões com metas que adoecem funcionários

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BB tem lucro de R$ 7,3 bilhões com metas que adoecem funcionários

Edifício sede do Banco do Brasil, em Brasília.

 

O Banco do Brasil alcançou, no primeiro trimestre deste ano, um lucro líquido ajustado de R$ 7,3 bilhões. O resultado, divulgado na última quinta-feira (15) representa uma queda de 20,7% ante o mesmo período do ano passado.

O número ficou bem abaixo da expectativa do mercado, que previa um lucro em torno de R$ 9 bilhões. É o primeiro recuo dos números após 16 trimestres consecutivos de crescimento anual do lucro. Além disso, foi o único, entre os grandes bancos, a apresentar redução nos ganhos, nos três meses de 2025.

Adoecimento dos funcionários

Os sindicatos alertam que os trabalhadores são pressionados diariamente a bater metas impossíveis, em condições de trabalho muito estressantes, que estão adoecendo os bancários. A corrida pelo lucro vem exterminando a saúde dos funcionários.

Avaliação do banco

Segundo o banco, a piora da inadimplência do agro, junto com a nova resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4.966/2021, que obriga os bancos a alinharem as práticas contábeis e de gestão de riscos aos padrões internacionais, puxou os números para baixo. O setor, no caso pequenos e médios produtores, passa por uma alta expressiva no número de recuperações judiciais. Foram registradas 341 companhias nessa situação no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2024 e de 15,6% comparado ao quarto trimestre de 2024.

Além disso, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) despencou 498 pontos-base (bps), encerrando o trimestre a 16,7%.

Na avaliação da CEO, Tarciana Medeiros, “o primeiro trimestre foi um período de transição, especialmente por conta da nova regulação da contabilização e do aumento da inadimplência no segmento agro”.

“Diante deste cenário, ratifico que seguimos focados no nosso compromisso de entregar um resultado condizente com o tamanho do Banco do Brasil”, explicou em matéria à imprensa especializada em investimentos de mercado.

O indicador de inadimplência acima de 90 dias, que encerrou a 3,9%, alta de 1 ponto percentual e o índice de inadimplência do crédito agro, este último, o vilão do trimestre, que apresentou elevação de 1,44 ponto percentual em 12 meses, a 3,04%.

Fonte: Seeb Santos

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